A maternidade independente é uma decisão de se tornar mãe sem um parceiro, de forma consciente. Uma mulher que precisa adquirir o material genético de um doador ou de um amigo, para poder realizar o sonho de gerar uma vida.
Eu uso essa expressão MATERNIDADE INDEPENDENTE, em vez da conhecida “produção independente”, porque acredito que esse é um processo que envolve amor.Aliás, muito amor, muito comprometimento, muita responsabilidade e vários “muitos”. Portanto, merece uma expressão mais apropriada com a grandiosidade dessa escolha. Para mim, produção independente soa como algo industrial, como um plano B, como falta de alternativa. E não é nada disso!
É um processo extremamente planejado, legítimo, com todas as ponderações que exigem uma decisão desse porte. Uma vontade, um sonho de formar uma família. Pelo menos de começar uma. Foi muito difícil, para mim ter acesso à informações há 12 anos atrás. Eu queria saber como fazer esse processo acontecer. Nada feito. Nenhuma literatura no Brasil, nem site nem livro nem sequer alguém falando sobre isso. Só consegui com a ajuda de sites estrangeiros, principalmente EUA.
A falta de informação confiável no país hoje em dia é desproporcional ao que acontece no mundo ainda que o de mulheres que procura os consultórios de especialistas pra realizar esse sonho só aumenta. A maioria, são mulheres que optaram por focar em suas carreiras, deixa-la acabaram deixando de lado ou adiando esse “momentum” da maternidade. Existe ainda a crença de que a ciência e a tecnologia podem ajudar a dar uma esticada no tempo para mais tarde pensarem e agirem sobre isso. Esse site oferece às mulheres um melhor uso da informação sobre as novas tecnologias de reprodução humana, fertilidade, congelamento, opções de tratamento, experiências, artigos, opiniões.
A minha ideia é oferecer a troca de informações e de qualidade, debates e contar histórias de mulheres que viveram ou que estão vivendo essa experiência. Pode ser polêmico para alguns, mas é uma realidade do nosso mundo contemporâneo. Até porque atualmente são 11 milhões de mães solo no Brasil, segundo a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) publicado em maio de 2023. Isso significa que são mulheres que cuidam e se responsabilizam pelos seus filhos sem um parceiro ao lado. Sabemos muito bem o porquê que vai desde o abandono até o descaso.
Como minha experiência foi bem-sucedida, decidi compartilhar tudo o que aprendi, para que mais mulheres tenham a plena consciência da sua escolha, possam destravar seus medos e saber de tudo que envolve o processo. Quero deixar claro que não levanto a bandeira da maternidade independente mas gostaria de facilitar esse caminho para diversas mulheres que desejam ter essa experiência tão transformadora, tão única ainda nessa vida.
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