Como boa mãe judia, comer é algo meio irracional na nossa religião. Clichês são comuns para as mães judias que acham que com a barriga cheia os filhos vivem melhor. Eu tenho isso em mim mas tento não me cobrar ou me torturar quando isso não acontece. Minha filha não tem um super apetite, não come de tudo mas eu entendo que são fases.
De novo, ouço muito minhas amigas falarem: “Vai passar. Quando ela tiver seus 15 anos você vai ter que pedir para ela parar de comer, portanto, fica tranquila.” Será? Mas até isso acontecer , a gente sofre. Alimentação é algo sério mas, parando pra pensar, na nossa época não tínhamos tanta consciência disso digo nossas mães. Eu fui comer brócolis ou espinafre aos 25 anos de idade, isso porque me dei o direito de experimentar, com muito custo. Salada, aos 20 anos, queijo branco aos 18!
Quando Catharina era bebê eu escolhia a alimentação que ela comia e não existia reclamação. Comia de tudo. Mas tudo que é bom dura pouco e quando começou a ter seu paladar um pouco mais apurado e seletivo daí a coisa complicou. Aos 4 anos, deixou de comer várias frutas , carnes e zero legumes. Até hoje, aos 7 anos, ela tem várias restrições e eu acho que a minha filosofia de “morde e assopra” funciona. Ou seja, deixo ela se esbaldar no cheeseburger mas exijo que coma fruta ou suco. Salada ainda não consegui mas eu chego lá!
Enfim, a preocupação com alimentação na minha infância era totalmente diferente do mundo de hoje. O mercado de alimentação mudou radicalmente e está muito melhor. Essa consciência devemos passar para nossos filhos e tentar dentro do possível implementar. Mas, com a correria do dia-a-dia, trabalho e várias coisas que fazemos no dia nem sempre conseguimos ser perfeitas. E tudo bem ser imperfeita nesse sentido. O que importa é o equilíbrio.
A mensagem que quero deixar aqui é que no fundo você tem que seguir sua intuição. Se não dá para dividir com um marido ou companheiro, encare de frente porque você é a que mais conhece seu filho e vai sentir o que é melhor pra ele.
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